Aos companheiros do
GEROI.
Rendo minha homenagem
aos companheiros Roberto Carlos Monteiro, do qual tive a honra de receber a apostila
anexa, ao companheiro Roberto Watanabe, pelo fantástico trabalho de reunir na
página da internet: www.geroi.org.br/novorotary de forma didática
e organizada tudo o que se refere ao assunto, aos companheiros Joper Padrão, Fúlvio e a
todos os demais que tanto têm contribuído para o esclarecimento e divulgação desses
conceitos, com vistas ao Rotary do Segundo Século. Muito tenho aprendido como seus
ensinamentos.
Envio o artigo abaixo,
na expectativa de contribuir para o debate sobre o tema.
Abraços..
Alberto
Bittencourt
Governador
do Centenário D-4500
Rotary
Club do Recife Boa Viagem
Classif:
engenharia civil
PLANEJAMENTO
ESTRATÉGICO E POLÍTICA
Alberto
Bittencourt
A publicação de autoria do
Governador 03-04 do Distrito 4750, Roberto Carlos Monteiro, intitulada “Plano de
Liderança Distrital, Plano Estratégico e Plano de Liderança de Clubes”, é um
documento de extraordinária competência para a compreensão desses temas, ainda mal
conhecidos da maioria dos rotarianos.
No capítulo II – Planejamento
é definido como a racionalização do processo de tomada de decisões, desdobrado em seis
etapas:
- Diagnóstico - obtenção de dados e
informações
- Política – estabelecimento
dos objetivos a serem atingidos.
- Estratégia – definição dos
caminhos a serem seguidos
- Programação – elaboração dos
planos para viabilizar os caminhos
- Execução – utilização dos
meios e recursos disponíveis
- Acompanhamento
e controle – avaliação dos resultados.
Interessou-me o conceito de política.
Vale dizer que mesmo detendo parcos conhecimentos em Ciências Políticas ou similares,
ouso fazer algumas reflexões.
O Plano Estratégico define
política como sendo a etapa em que se estabelecem metas e objetivos. No meu entender,
esta é uma definição perfeita, pois dado sua abrangência e ao mesmo tempo precisão,
aplica-se à todos os níveis de atividades humanas, das mais complexas às mais simples.
Quer no ambiente doméstico, profissional, no condomínio do prédio, nos clubes de
Rotary, a política está sempre presente, pois vivemos e trabalhamos em função das
metas que estabelecemos.
Procurei nos dicionários e
verifiquei que nenhuma das definições dos diferentes tipos de políticas se aproxima
desse conceito. São todas concernentes à arte de bem governar os povos, à habilidade no
trato das relações humanas, etc.
Encontrei em Max Weber (1864-1920),
sociólogo e economista político alemão, a expressão: “a política é o gosto do futuro”, que é
perfeitamente compatível com tudo o que já se escreveu sobre Planejamento Estratégico
em Rotary.
Será que poderíamos afirmar então
que o Rotary é um movimento político? Ou que o planejamento estratégico é um programa
político?
Vejo uma grande diferença entre
esses dois conceitos. Eu diria mesmo que planejamento estratégico é o oposto de programa
político. Parece até uma contradição, mas não é. Eles se complementam. Enquanto o
planejamento estratégico é dirigido ao indivíduo, no caso o rotariano, a política é
voltada para os povos, para o coletivo. Enquanto um trata do momento presente, o outro do
futuro.
O Planejamento Estratégico visa
desenvolver líderes que liderem e não há liderança coletiva, senão individual.
Liderança implica em conhecimento e sabedoria, atributos individuais. A política, por
definição, é coletiva e por isso, conflituosa.
A política, como arte de bem
governar é a arte de prever as necessidades futuras dos povos. O planejamento
estratégico é a arte de fazer feliz o indivíduo aqui e agora. Se a política é o gosto
do futuro, a felicidade é o gosto do presente.
Compreendendo esses dois conceitos,
vemos que não podemos prescindir nem de um, nem de outro. Da política, para estabelecer
as metas que irão transformar a sociedade em que vivemos, e do planejamento estratégico
para desenvolver líderes capazes de nos conduzir unidos, com alegria e felicidade, aos
ideais, às metas e objetivos do Rotary.
