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Antonio José da Costa

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IMAGEM DO ROTARY – NUMA SOPA DE LETRAS

24/06/2007

 

Já escrevi muitos artigos para o Rotary. alguns até saíram publicados na Revista Brasil Rotário, Nada de mais, afinal são 33 anos de Alto da Mooca.   Por duas vezes fui aos Estados Unidos (Chicago-Evanston) representando o Brasil na  Comissão de Relações Públicas do Rotary International. aprendi que RELAÇÕES PÚBLICAS, no Rotary, é fundamental. Vale dizer, se não houver INFORMAÇÃO PÚBLICA ou, em outras palavras, INFORMAÇÃO ROTÁRIA, não há como mostrar e demonstrar A VERDADEIRA IMAGEM DO ROTARY.

 

Como podemos expandir o quadro social, criar Rotaracts e Interacts, motivar contribuições para a Fundação Rotária, visando combater a doença da Pólio, se não soubermos projetar a verdadeira imagem do Rotary?

 

Afinal, a bem da verdade, pode-se concluir que o Rotary é um conhecido muito desconhecido. Faça você mesmo uma pesquisa e veja que o Rotary, quando tem uma imagem pública, na maioria das vezes essa imagem é apenas a ponta do iceberg, ou é uma imagem distorcida. O Rotary, na maioria das vezes, é o grande desconhecido de rotarianos e, principalmente, de não rotarianos.

 

Provando essa afirmativa, certo dia, um meu antigo aluno da Universidade, estudante de Direito, arguto, inteligente e gozador, perguntou-me se eu era da KGB. pasmo, indaguei o que lhe inspirara tal pergunta. Disse-me ele que participando, como convidado, de uma reunião de um Rotary Clube, viu seu professor de Direito Constitucional e Tributário, fazendo parte da mesa dos trabalhos e, que, na oportunidade, foi apresentado, pelo protocolo, como o KGB Antonio José da Costa.

 

Ora, quando percebi o equívoco não pude me furtar de uma gostosa risada. Na verdade ri às escancaras, porque a amizade que tenho por este aluno deu-me essa liberdade e desconcentração que conduz o meu habitual relacionamento com a juventude.   E, para explicar, disse a ele: - você não ouviu KGB, a polícia alemã, exemplo da ditadura nazista, tantas vezes citada por mim, em sala de aula, para demonstrar o contrário de um chamado Estado Democrático de Direito. Você ouviu EGD (hábito que eu acho de absoluto mau gosto) que vem se repetindo entre os rotarianos, imitando o costume dos americanos do norte em fazer siglas para simplificar suas correspondências escritas (time is money). É a velha tese dos admiradores do Tio Sam que acham que "o que é bom para os Estados Unidos é bom para o Brasil". Assim, em vez de falarem ex-governador, ex-presidente, ex-vereador, ex-deputado, inventa-se uma sopa de letras.

 

No meu caso, em lugar de palavras como ex-governador ou, melhor ainda, governador 1987-88 do Distrito 461 do Rotary International, como sempre foi outrora, inventaram a monstruosa sigla EGD. Confesso que todas as vezes que olho no espelho sinto que não tenho cara de EGD. meus filhos, meus netos, meus amigos, meus alunos, minha comunidade entende que eu sou mestre e doutor em direito, sou ex-Procurador-Chefe da Assessoria Jurídica da Câmara Municipal de São Paulo. O duro é os fazê-los entender que, no Rotary, eu fui um EPRE, e depois fui um EGD, mas nunca fui um EDRI e muito menos um EPRI.

 

Este hábito surge porque muitos, no Rotary, ainda não se preocupam devidamente com a verdadeira imagem do Rotary. O inesquecível e saudoso EPRI, Paulo Viriato Corrêa da Costa, que na realidade, foi o Presidente do Rotary International 1990-91, não mergulhou nessa sopa de letras que prejudicava o seu sonho de ver o Rotary reconhecido na sua verdadeira imagem, - não um clube de deslumbrados que almoçam ou jantam uma bela e exótica sopa de letras.

 

Aliás, lembrando este insubstituível líder rotário há de se ver que sua preocupação com este problema era tão grande que, inclusive, para reforçar a Comissão de Relações Pública, criou uma nova Comissão, cujo nome passou a ser COMISSÃO - A VERDADEIRA IMAGEM DO ROTARY.

 

Esta comissão, com representantes do Brasil, Estados Unidos, Japão, México, Suíça, Canadá. Inglaterra, Austrália, Argentina e Nova Zelândia reuniu-se durante uma semana, no primeiro mês de gestão desse inesquecível presidente. A primeira reunião da semana começou de forma inusitada. O representante do México projetou na sala de reuniões um filme doméstico, VHS filmado por ele mesmo na véspera do evento, defronte ao prédio sede em Evanston, tendo ao fundo a placa identificadora ON ROTARY CENTER. Perguntava aos transeuntes, aleatoriamente, se eles sabiam o que era Rotary. As respostas eram as mais abusadas. Dentre dez, apenas um tinha uma vaga idéia do que era Rotary. Mais ainda, consultada a lista telefônica da cidade, nada constava sobre o Rotary; vejam bem, na cidade onde esta situada a sede internacional de uma instituição que a ONU tem como absoluta prioridade e classificação entre as ONGS de todo o mundo. Esta mesma ONU que disse: "se não fosse o Rotary não teríamos chance de erradicar a pólio".

 

Para exemplificar mais ainda, a REVISTA Brasil Rotário, de julho de 2006 na sua primeira página mostra uma fotografia de três autoridades rotárias: o EPRI Frank Devlyn, o DRI Carlos Speroni e o EDRI José Alfredo Pretoni. Enfim, é um encontro de um EPRI, com um DRI e um EDRI para participarem de um Seminário do RI para a FR. Na página 39 da mesma revista há uma reportagem sobre a homenagem a um EPRI prestada pelo BR e na foto encontramos o EGD Froes, AIDE do EPRI Frank, acompanhado do cônsul adjunto do México no Rio.   Faltou dar-lhe uma sigla, digamos - CAME, usando a nova linguagem rotária.

 

Parece-me que A VERDADEIRA IMAGEM DO ROTARY, sonhada e trabalhada intensamente pelo maior e mais expressivo líder rotário brasileiro - PAULO VIRIATO CORRÊA DA COSTA - fundador do ROTARY CLUB DE SÃO PAULO – ALTO DA MOOCA está se esvaindo numa sopa de letras. Parece que o lema é: "Se podemos complicar, porque facilitar?".

 

 

 

Antonio José da Costa – EGD E EPC DO D.4430 e do

RCSP – ALTO DA MOOCA

 1º. EPC DO RCSP-ALTO DA MOOCA.

 

RMW\GEROI\PENSADORES\AJCOSTA\AJCOSTA1.htm em 24/06/2007, atualizado em 24/06/2007 .